terça-feira, 24 de janeiro de 2012

( Presença )



Faço desta imagem uma recordação,
tão viva e dolorosa.
Observo-a à distância,
1000 nuvens nuns passos.


Este conforto é já lágrima,
Esta presença é já saudade.


O presente é ainda presente,
é ainda aquela prenda do nada
que teimo em não aceitar.


Oh consciência! Oh falta dela!
Quem irá desvendar tal mistério??


Faço da folha carvão,
Faço da folha poluição.


Faço de mim o infinito.
A melodia inaudível,
O corpo intocável
Num espaço invisível.


Faço de mim o que não sei fazer,
Faço de mim o que não sei dizer.


Na verdade, a presença em falta aqui não és Tu.
Sou eu.
Eu, Eu, este incompreensível «Eu».

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