quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

( Loucura )



Procura, toca, chama.
Sem sucesso.
Quarto escuro de gente louca,
Alma infinita.
Compartimentada.
Desprovida de início e tão pouco de fim.
Mistério inalcançável,
Corrida deambulante.


Pára!


E surge nova questão.
A quem se dirige?
Eu, Tu, Nós, Vós? 


Pára!


Sanidade inconsciente...
Consciente insanidade...
Loucura infundada de gente doida...

terça-feira, 24 de janeiro de 2012

( Presença )



Faço desta imagem uma recordação,
tão viva e dolorosa.
Observo-a à distância,
1000 nuvens nuns passos.


Este conforto é já lágrima,
Esta presença é já saudade.


O presente é ainda presente,
é ainda aquela prenda do nada
que teimo em não aceitar.


Oh consciência! Oh falta dela!
Quem irá desvendar tal mistério??


Faço da folha carvão,
Faço da folha poluição.


Faço de mim o infinito.
A melodia inaudível,
O corpo intocável
Num espaço invisível.


Faço de mim o que não sei fazer,
Faço de mim o que não sei dizer.


Na verdade, a presença em falta aqui não és Tu.
Sou eu.
Eu, Eu, este incompreensível «Eu».

sábado, 14 de janeiro de 2012

( Grito )

Ah! A paz do nada,
a paz do infinito.
A interminável inocência,
na consciência de uma grito.

Ah! Este correr contra as ondas,
Este boiar de gente morta,
Este corpo desnudo
que a alma conforta.

Ah! Esta felicidade corrupta,
Num órgão falido,
Esta dança da chuva,
Num livro não lido.

Ah! Esta insignificância,
Este não existir, existindo,
Este andar e prolongar,
Este inspirar e expirar.

AH! Este gritar...