segunda-feira, 5 de abril de 2010

( Importância )

«A luz era fraca. Lá fora já se ouviam os sons da actividade nocturna. A cidade tinha vida própria, mas eu recusava entregar-me a ela. Esta escura solidão que habitava o meu quarto apoderava-se de mim. Conseguia ouvir o burburinho da multidão na avenida, mas isto só me fazia mergulhar cada vez mais profundo neste meu mundo. Multidões para quê? Apenas uma pessoa interessava. Apenas uma pessoa me provocava este nervosismo…
A campainha tocou. Hesitei. Recusava-me a sair deste mundo!
Fizeram-se ouvir mais dois toques… - Não, não vou abrir, não quero! - Pensava eu. Mas estes insignificantes sons trouxeram-me à superfície. Três pequenos toques devolveram-me á realidade. A curiosidade foi superior a mim… Fui abrir a porta, mas atrás desta já não se encontrava ninguém.

Mergulhar de novo no meu mundo era agora uma tarefa difícil. Talvez atrás daquela porta estivesse estado a felicidade. Talvez fosse ele… Talvez fosse, quem sabe…!»

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